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A "propensão utópica", como lhe chamam Frank e Fritzie Manuel, na sua obra clássica sobre a utopia no ocidente, é porventura uma característica da civilização ocidental ou mesmo do género humano. Ao utilizar o neologismo para sugerir essa estranha materialidade...
Saiba maisDescrição
A "propensão utópica", como lhe chamam Frank e Fritzie Manuel, na sua obra clássica sobre a utopia no ocidente, é porventura uma característica da civilização ocidental ou mesmo do género humano. Ao utilizar o neologismo para sugerir essa estranha materialidade de um lugar que é um não-lugar, a Utopia na raíz grega, e que na versão latina inicial era Nusquama, More estava a fazer muito mais do que encontrar um título para o seu livro. Por um lado, o seu neologismo permitiu renomear toda uma série de obras e intentos reflexivos anteriores e que ele em parte referencia, desde Hipódamo de Mileto à obra central de Platão, de Luciano de Samósata à imaginativa literatura de viagens da época dos Descobrimentos. Por outro lado, o neologismo moreano permitiu também nomear todo o acervo de obras que se lhe seguiram, desde a Cidade do Sol de Tomás Campanella à Nova Atlântida de Francis Bacon, das utopias felizes do Iluminismo às utopias socialistas da igualdade e do amor em liberdade, já no século XIX.
Detalhes
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Autor:
Orlando Grossegesse , Cristina Flores -
Editora:
Edições Humus -
ISBN:
9789897553295
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Edição:
01-2019
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Páginas:
238
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Idioma:
Português