Made In Africa (EBook)

Wook 7.49 € Comprar

No início da década de 1960, Luís da Câmara Cascudo empreendeu uma longa viagem de estudos pela África Ocidental e Oriental. O objetivo era pesquisar in loco a alimentação popular dos bantos, recolhendo subsídios para a sua monumental História da Alimentação...

Saiba mais

Descrição

No início da década de 1960, Luís da Câmara Cascudo empreendeu uma longa viagem de estudos pela África Ocidental e Oriental. O objetivo era pesquisar in loco a alimentação popular dos bantos, recolhendo subsídios para a sua monumental História da Alimentação no Brasil.Em convívio com o cotidiano da vida africana, o pesquisador ia tendo oportunidade de constatar as imensas afinidades espirituais, culturais, mágicas que unem Brasil e África. Indagando, vendo e observando, tentando compreender muitas vezes o que lhe parecia incompreensível, anotava cada fato vivido ou presenciado que tivesse relação com o Brasil, colhido ainda palpitante na realidade de cada dia. Essa, a origem dos estudos reunidos em Made in Africa.Como esclarece no prefácio, o livro reúne indagações para "um processo autenticador de elementos africanos que permanecem no Brasil e motivos brasileiros que vivem n'África, modificados, ampliados, assimilados, mas ainda identificáveis e autênticos", muitos deles levados por ex-escravos de torna viagem. As afinidades estão nos mais insuspeitos gestos e posturas do cotidiano, do andar rebolado, cuja origem mestre Cascudo identifica no bamboleio da angolana, à prática deleitosa do cafuné, também de origem banto; em múltiplos aspectos da cozinha brasileira, podendo começar pela nossa farofa, idêntica à angolana, e de nossas danças, o escandaloso lundu, contra o qual os moralistas tanto protestavam, e a umbigada, de extrema sensualidade, espécie de rápido mimetismo do ato sexual.Do continente negro também vieram crendices, entidades mágicas e temores que ainda povoam a alma do nosso povo, como o zumbi, de presença tão assustadora no norte do país, os orixás, a crença em determinados amuletos, como a pata do coelho. Mama África continua muito viva no cotidiano do brasileiro.

Detalhes

Do mesmo autor

Este site utiliza cookies para lhe proporcionar uma melhor experiência de utilização. Ao navegar no site consente a utilização dos cookies. Saber mais