O mal ameaça a razão humana, pois põe em causa a nossa esperança de que o mundo tenha sentido. Para os europeus do século XVIII, o terramoto de Lisboa foi uma manifestação do mal. Actualmente, vemos o mal como uma questão de crueldade humana, sendo Auschwitz a sua encarnação extrema. Analisando o nosso entendimento do mal desde a Inquisição ao terrorismo contemporâneo, Susan Neiman considera aquilo em que nos transformámos, nos três séculos que nos separam dos primórdios do Iluminismo. Ao fazer isso, reescreve a História do Pensamento Moderno e redirecciona a filosofia para as questões que inicialmente a inspiraram. Extremamente bem escrito e cativante, este livro conta a história da filosofia moderna enquanto tentativa de compreensão do mal. Torna a filosofia acessível a qualquer pessoa interessada nas questões da vida e da morte, do bem e do mal, do sofrimento e da percepção. «Neiman deu um contributo original e poderoso para a análise de uma questão moral intratável: como viver com o facto de nem Deus nem a natureza parecerem interessar-se pelo nosso destino. Sucinta, clara e directa, a história da filosofia enquanto filosofia dificilmente poderia ser mais bem feita.» CLIFFORD GEERTZ «Um estudo brilhante das alterações ocorridas na nossa compreensão do mal desde o Livro de Job, passando pelo terramoto de 1755 em Lisboa e pelo Holocausto, ao 11 de Setembro. Neiman apresenta argumentos para que se considere este problema como uma questão central na história da filosofia moderna e a sua análise dos nossos recursos actuais para lidar com o mal é tão provocadora como profunda. Um livro imensamente esclarecedor.» J. B. SCHNEEWIND «Mesmo – ou especialmente – para um não filósofo como eu, o livro O Mal no Pensamento Moderno, de Susan Neiman, representa uma aventura intelectual de grande gabarito. A ousadia da sua reavaliação da filosofia ocidental está de acordo com a sua profundidade – e frequente espírito. A sua temeridade intelectual merece a nossa maior atenção.» TODD GITLIN