"Desde o início, a reflexão hermenêutica que se leva a cabo em Verdade e Método é algo de totalmente diferente de um simples jogo de conceitos. Ela procede, acima de tudo, da praxis concreta das ciências, e nestas, a reflexão sobre o método, quer dizer, o procedimento controlável e a falsificabilidade, é algo de completamente natural. Por outro lado esta reflexão hermenêutica mostrou-se, por toda a parte, na prática da ciência. Se se quisesse caracterizar o lugar do meu trabalho no quadro da filosofia do nosso século, ter-se-ia de partir de que procurei oferecer um contributo mediador entre a filosofia e as ciências e, sobretudo, continuar produtivamente as perguntas radicais de Martin Heidegger, para quem tenho uma dívida decisiva no largo campo da experiência cientifica, na medida em que, de um modo ou de outro, consigo abarcá-lo."