Estudos sobre Filosofia em Portugal na Época do Iluminismo

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Na presente obra, da autoria do professor catedrático de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Amândio Coxito, reunem-se oito estudos dedicados à investigação dos temas filosóficos considerados fundamentais no âmbito do iluminismo...

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Na presente obra, da autoria do professor catedrático de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Amândio Coxito, reunem-se oito estudos dedicados à investigação dos temas filosóficos considerados fundamentais no âmbito do iluminismo português. O autor começa por abordar o cartesianismo e anticartesianismo na filosofia portuguesa dos séculos XVII e XVIII, afirmando que "está por realizar uma história da recepção dos ‘modernos’ no pensamento filosófico português a partir do século XVII". Dois autores portugueses determinantes na filosofia de setecentos merecem especial destaque nesta obra: Manuel de Azevedo Fortes e Luís António Verney. Manuel de Azevedo Fortes é o autor do primeiro tratado sobre lógica integralmente escrito em português, a Lógica Racional Geométrica e Analítica, publicada em Lisboa em 1744, obra em que tentou realizar um compromisso entre o sensismo de John Locke e o inatismo de Descartes. Introdutor do cartesianismo em Portugal, Fortes apresenta, segundo os especialistas, afinidades com o pensamento de Descartes, nomeadamente no que se refere ao dualismo da substância - espiritual e corpórea -, à admissão da res cogitans como evidência e ao desenvolvimento de uma concepção vincadamente mecanicista da física do corpo humano. Azevedo Forte é um crítico do empirismo, nomeadamente de John Locke, defendendo que são inatas as ideias que a alma tem da sua natureza e da sua existência, sendo também inatas certas verdades eternas como é o caso das ideias que fazemos da perfeição e da regularidade das formas geométricas, as quais se devem considerar como acto puro do espírito, «que a alma teria, ainda que não estivesse unida ao corpo». Luís António Verney, de origem francesa, é uma das mais notáveis figuras do iluminismo português. Foi o principal reformador do pensamento português no século XVIII, tendo contribuido fortemente para atenuar a influência da escolástica não apenas no ensino, mas também nas mentalidades. Nascido em Lisboa, estudou humanidades e filosofia em Lisboa e Évora, e teologia e direito em Roma onde, já ordenado sacerdote, desenvolveu uma reforma geral dos estudos portugueses, publicada anonimamente em 1746, sob o título de "O Verdadeiro Método de Estudar". O problema do inatismo é um dos mais abordados nesta obra, que, numa apreciação geral, pode dizer-se que enquadra o pensamento dos citados autores portugueses no panorama da filosofia europeia no século das luzes. A obra reveste-se de grande interesse sobretudo para os estudantes de filosofia, dada a compreensão generalizada que permite de questões centrais nas áreas da lógica e da teoria do conhecimento.

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