Um dos enigmas mais perturbantes da bem complexa caminhada filosófico-cultural de Antero oculta-se no devir mortal do generoso projecto que, de 1871 a 1875 (?), tentou levar por diante e ao qual, bem normativamente, chamou Programa para os Trabalhos da Geração Nova. Ora, acontece que, no tocante à problemática do Programa, se mantém ainda hoje a situação tal como Joaquim de carvalho a caracterizou: "… um tema que ainda não foi tratado com a atenção e o pormenor que merecem." Logaremos tentar levar por diante essa tarefa até hoje adiada, sem a qual se não poderá avançar muito no aprofundamento, não só do itinerário filosófico anteriano mas, também, em termos mais gerais, do doloroso viático das suas vivências e mundivivências? Que os Deuses nos ajudem a encontrar o rumo certo (ou o possível) no labirinto pelo qual, conscientemente, nos internamos - tacteando, interrogando, propondo ou sugerindo. E, como é de bom método, singremos do visível para o invisível, ou seja, do mais simples para o mais complexo.